segunda-feira, 23 de abril de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Com o coração na garganta, sinto um fecho de luz misturado com um calafrio que faz doer e que me baralha. Que me acorda e que me adormece para uma realidade nova e minha, mas que parece que me pertence em 2ª pessoa. Esta sensação tornou-se num modo de ser. Sinto-me noutro corpo, noutra vida, noutra pessoa. Sinto que troquei de alma e que acordei um dia noutro, em forma humana, como se a minha essência tivesse por aí a vaguear a pedir ajuda para não a deixar só, por não ter tempo para lhe dar atenção. Como se andasse perdida. Como se eu andasse perdida, mas que tivesse encontrado o caminho que sempre procurei.
É um confuso entre, não me encontro por estar tão feliz, perco-me por não saber se o que estava ainda estou e estarei, e desencontro-me por simplesmente achar estranho.
Na rua o ar parece condensado, onde respiro o novo e o antigo, onde desenhos pensamentos e formas de estar que me controlem para mais um dia que se avista, tudo isto por ser tão descontrolável. Por sentir que uma partícula pode mudar o meu circuito emocional. Por sentir que um carinho me pode tornar mais feliz, por sentir que uma conversa banal pode ter aquilo que procuro. É isso. Estou sempre à procura. Só não sei do quê.
Por ser ao contrário não percebo, o porquê de sensorialmente não haver qualquer tipo de noção temporal, mas por sentir em simultâneo que alguém está a contar os dias por mim. Como se este fosse um futuro presente e para sempre, mas que tem os dias contados, mas não sei se até à morte.
No entanto, outras coisas me parecem tão indiferentes, tão invisíveis. Como pessoas que não se calam e que só dizem coisas que nada são.
No entanto outras parecem-me tão claras. Vejo velhos que despertam e pensam que a finalidade do seu dia é conseguirem ir à farmácia, ou subir um lance de escadas, enquanto nós, esta gentinha, estamos infelizes porque não podemos ir ao cinema já depois de ter ido jantar a um restaurante caro e passar a tarde com trivialidades que não nos requerem qualquer tipo de esforço.
É preciso ser-se sábio para ser-se velho, nunca o contrário.
Qual seria o desespero se um jovem no dia seguinte acordasse velho e precisasse de ajuda para sair da sua própria cama?
Devíamos ser felizes com muito menos.
E é isso que tento.
E depois... há coisas tão bonitas.
É um confuso entre, não me encontro por estar tão feliz, perco-me por não saber se o que estava ainda estou e estarei, e desencontro-me por simplesmente achar estranho.
Na rua o ar parece condensado, onde respiro o novo e o antigo, onde desenhos pensamentos e formas de estar que me controlem para mais um dia que se avista, tudo isto por ser tão descontrolável. Por sentir que uma partícula pode mudar o meu circuito emocional. Por sentir que um carinho me pode tornar mais feliz, por sentir que uma conversa banal pode ter aquilo que procuro. É isso. Estou sempre à procura. Só não sei do quê.
Por ser ao contrário não percebo, o porquê de sensorialmente não haver qualquer tipo de noção temporal, mas por sentir em simultâneo que alguém está a contar os dias por mim. Como se este fosse um futuro presente e para sempre, mas que tem os dias contados, mas não sei se até à morte.
No entanto, outras coisas me parecem tão indiferentes, tão invisíveis. Como pessoas que não se calam e que só dizem coisas que nada são.
No entanto outras parecem-me tão claras. Vejo velhos que despertam e pensam que a finalidade do seu dia é conseguirem ir à farmácia, ou subir um lance de escadas, enquanto nós, esta gentinha, estamos infelizes porque não podemos ir ao cinema já depois de ter ido jantar a um restaurante caro e passar a tarde com trivialidades que não nos requerem qualquer tipo de esforço.
É preciso ser-se sábio para ser-se velho, nunca o contrário.
Qual seria o desespero se um jovem no dia seguinte acordasse velho e precisasse de ajuda para sair da sua própria cama?
Devíamos ser felizes com muito menos.
E é isso que tento.
E depois... há coisas tão bonitas.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
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